Sua interface já passou por um teste de usabilidade? Se não, está mais do que na hora de aplicar essa análise. Além de descobrir os bugs, você vai conhecer oportunidades que estão “na cara” e, quando aproveitadas, o aumento da taxa de conversão é quase garantido.
Mas para que o processo dê resultados, é preciso contar com ferramentas e métodos seguros. O objetivo é entender como usuários se relacionam com a interface e, para isso, o ideal é simular uma situação mais próxima da realidade possível e analisar como as pessoas se comportam diante dela.
Só assim você entende a dificuldade para realizar determinadas tarefas e o quão fácil é navegar no seu site. Tudo do ponto de vista do usuário.
Neste artigo, você vai entender o que é teste de usabilidade e quais são os métodos mais utilizados.
O que é teste de usabilidade
Testes de usabilidade avaliam a experiência do usuário de sites, páginas e aplicativos. Trata-se de entender como um usuário navega pela interface e quais são os atritos apresentados quando ele tenta executar uma tarefa.
O resultado é uma imagem real dos problemas que usuários enfrentam no seu site e que atrapalham sua conversão.
Para que as análises sejam fiéis, o teste de usabilidade é feito com usuários reais e que sejam parte do público-alvo. De preferência, com mais de um usuário, em níveis demográficos diferentes, a fim de conquistar uma visão mais ampla.
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A seguir, confira em quais categorias os testes de usabilidade podem se encaixar.
Categorias de teste de usabilidade
Teste de usabilidade moderado
O teste de usabilidade, normalmente, consiste em apresentar algumas tarefas para pessoas completarem, medindo sua eficiência e agilidade, e se conseguem realizá-las.
Quando o teste é moderado, o usuário é observado por um pesquisador enquanto executa as tarefas exigidas. Pode ser presencial ou remoto, mas é importante seguir o passo a passo do usuário enquanto ele realiza a tarefa.
Nos testes desta categoria, você pode responder perguntas e ouvir o feedback em tempo real. A conexão entre usuário e realizador é maior, além de possuir mais flexibilidade. No entanto, é preciso tomar cuidado com as opiniões pré concebidas. A intenção não é influenciar o participante.
Teste de usabilidade não moderado
Já o teste de usabilidade sem moderação é feito por meio de uma lista de tarefas pré-determinadas que o usuário realiza sozinho. Esse formato é escalável e mais barato, além de não permitir a interferência das opiniões pré concebidas.
No entanto, é importante destacar que os testes fogem do poder de um aplicador, aumentando as chances de serem de qualidade baixa. Isso é perigoso porque pode trazer insights equivocados sobre a sua interface.
Dessa forma, é fundamental que o teste seja programado por um expert em experiência do usuário. Essa pessoa também será responsável por recrutar os candidatos, o que influencia a qualidade dos resultados.
Teste de usabilidade exploratório
O teste de usabilidade exploratório é amplo. Ou seja, participantes oferecem opiniões, participam do brainstorm e falam sobre suas impressões. Esse tipo de teste é feito, normalmente, nos estágios iniciais de um projeto, para identificar potenciais novas funcionalidades e outros elementos que podem contribuir com o desenvolvimento.
O teste de usabilidade pode ser exploratório com ou sem moderação.
Pesquisa de satisfação
A pesquisa de satisfação também pode ser considerada como um teste de usabilidade. Você pode fazer perguntas para entender o quanto o usuário está satisfeito com a interface e com as funcionalidades gerais do produto.
Aqui é preciso tomar cuidado para não ficar apenas no “gosto ou não gosto”. A intenção é desenvolver as perguntas a fim de ganhar insights que vão contribuir com a experiência dos usuários.
Pesquisa comparativa
Esse tipo de teste de usabilidade é utilizado para comparar interfaces, como entre concorrentes, por exemplo. É possível ainda comparar duas versões do mesmo produto, pedindo ao usuário suas impressões comparativas sobre cada uma.
Estes dois últimos tipos são melhor aproveitados se forem complementares a um teste mais aprofundado, que não só peça opiniões, mas avalie o uso da interface.
Métodos de teste de usabilidade
Agora que temos em mente as categorias em que os testes podem se encaixar, vamos aos métodos propriamente ditos. A escolha de um deles depende dos seus objetivos e também dos recursos que você tem disponíveis.
Em laboratório
Esse método de teste de usabilidade acontece dentro de um ambiente controlado, presencialmente. Os participantes executam tarefas em celulares ou desktops dentro do “laboratório” com a ajuda de um moderador, que observa e faz perguntas.
A grande vantagem desse método é o controle. As sessões são feitas dentro de condições exatamente iguais, permitindo uma comparação assertiva. A limitação aqui é o custo.
Por telefone
É possível realizar um teste de usabilidade por telefone. Nesse caso, o moderador instrui o participante em uma ligação, enquanto o último realiza as tarefas e grava seus passos dentro da interface.
É uma forma mais econômica de moderar um teste sem necessidade de locomoção, permitindo a coleta de mais dados em menos tempo.
Classificação de cartões
Esse método de teste de usabilidade é focado na construção da lógica navegacional de um site. Consiste em criar “cartões” com conceitos existentes na interface e pedir aos participantes para organizarem da forma como acharem melhor.
Depois que a tarefa é completada, os usuários dividem com os moderadores os motivos pelos quais escolheram cada posição.
Essa é uma boa forma de conseguir feedback dos seus usuários sobre a estrutura de uma interface, seja já existente ou não. É possível observar como pessoas organizam as informações e qual é o fluxo natural em que elas procuram informações.
Gravação de sessões
Esse método é feito por meio de ferramentas, como o Hotjar, que gravam sessões de usuários anônimos em uma interface. É possível, com isso, observar onde as pessoas clicam, por onde passam o mouse e onde rolam a página.
É um jeito interessante de identificar problemas de funcionalidade das páginas e descobrir mais sobre como as pessoas interagem com a interface. No entanto, esse método não permite comentários e impressões, o que pode limitar o seu entendimento sobre o comportamento dos participantes.
A otimização do site da Casa Mineira, uma das maiores imobiliárias do Brasil, teve muita ajuda do teste de usabilidade. Conheça o caso com detalhes aqui.
Ferramentas e plataformas de teste
Esse é o método mais difundido de teste de usabilidade porque combina amplitude de informações e menor exigência de recursos.
Consiste em contratar uma ferramenta ou plataforma que oferece testes de usabilidade. Normalmente, essas empresas possuem uma base de “testadores”, com variedade de características demográficas. Esses usuários observam, remotamente, a interface, e executam as tarefas solicitadas fazendo comentários. A sessão é gravada e enviada para você.
Há ainda outras formas de utilizar o serviço:
- Teste de 5 segundos: nesse tipo de teste, você coloca para o usuário um print screen da página e pergunta qual é o elemento que mais chamou a atenção ou para quem ele acha que é aquela interface. O usuário observa a tela por cinco segundos para dar sua resposta.
- Primeiro clique: aqui, você avalia se os usuários podem identificar com facilidade o local que precisam ir para realizar a tarefa. A pergunta pode ser “onde você clicaria primeiro para comprar o produto x?”. Se esse produto é seu carro chefe e os participantes não acertaram, talvez seja hora de rever a composição do layout.
O que não é teste de usabilidade
Alguns outros tipos de aplicações da metodologia de Otimização de Conversão (CRO) podem ser confundidos com testes de usabilidade. Apesar de serem importantes para criar interfaces com alto potencial de conversão, os objetivos são outros. Veja só:
- Testes A/B: investigam o potencial de conversão de uma versão contra outra. É muito importante para otimizar sites, páginas e aplicativos, mas não identifica erros na experiência do usuário.
- Grupos focais: são ótimos para descobrir as opiniões da sua audiência sobre um tópico ou produto, mas como teste de usabilidade, não são ideais. Isso porque as opiniões de um participante podem “contaminar” a dos outros, o que não permite resultados fiéis.
- Mapas de calor: apresentam uma visualização de locais mais vistos e/ou clicados em uma página. São um meio de entender o comportamento do visitante, mas também não identificam erros de UX na interface.
Dicas para um bom teste de usabilidade
Veja algumas dicas para conseguir bons insights nos seus testes de usabilidade, seja qual for o método utilizado:
- Na maioria dos casos, é ideal incluir três tipos de tarefa: uma específica, uma ampla e uma que leve ao fundo do funil.
- Escolha participantes que sejam parte da sua audiência, com pelo menos um de cada segmento dela.
- Escolha pessoas que nunca tiveram contato com a sua marca ou o seu site.
- Não existe um número ideal, mas entre cinco e dez usuários deve ser suficiente para conseguir muitos insights.
- Separe o que as pessoas fazem do que elas falam.
- Execute o teste de usabilidade antes de fazer grandes mudanças na sua interface e com uma certa frequência, talvez um por ano.
Testes de usabilidade e otimização de conversão
Quando você se concentra em ajustar a experiência do usuário, é bem provável que a taxa de conversão vai subir. Afinal, você está eliminando fricções e obstáculos para a conversão e tornando tudo mais fácil na vida do usuário.
Mas a otimização não deve parar por aí. Há uma série de outras análises que você pode realizar e que contribuem para entender o comportamento do usuário e suas expectativas, a fim de conquistar mais conversões.Essa prática foi padronizada por uma metodologia conhecida como Otimização da Taxa de Conversão. Saiba aqui o que o CRO envolve e como aplicar da forma correta para alcançar resultados surpreendentes.
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