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App nativo ou página responsiva? Entenda essas e outras opções

Íris Marinelli

Você sabia que até 74% das pessoas diz que voltaria a um website se a experiência mobile for positiva?

Sem se preocupar com isso, você pode estar perdendo uma boa parcela de clientes. Mas existe uma decisão importante a tomar: qual tipo de tecnologia vai servir melhor aos seus usuários.

Você pode, por exemplo, criar um app nativo. Essa estratégia pode funcionar bem, mas sua implementação pode ser mais cara.

Além disso, não elimina a necessidade de criar páginas responsivas para o site – 90% dos clientes querem uma experiência cross-channel, que seja positiva e coerente em todas as plataformas. Imagine ainda que cada pessoa visita o site, em média, quase 10 vezes antes de tomar a decisão final sobre a compra. Facilitar essas visitas é um passo a mais em direção à conversão.

No entanto, ainda existem outras opções, que devem ser avaliadas sob a luz das necessidades do seu cliente.

São pessoas que utilizam o celular para questões mais pessoais ou de trabalho?

Têm alguma resistência a fazer compras pelo smartphone? Para você já ter uma ideia, 60% dos clientes inicia sua pesquisa pelo dispositivo móvel.

Para ajudar, listei aqui quatro opções: 

  1. Versão responsiva
  2. App nativo
  3. Versão mobile 
  4. e Web Progressive App 

Cada uma tem seus prós e contras e podem ser a decisão certa para um tipo de negócio e para outro, nem tanto. Além disso, é possível e muitas vezes recomendável ter mais de um tipo de página ou aplicação. A seguir, você vai entender mais sobre cada uma para escolher o caminho certo. Vamos lá?

Página responsiva

Uma página responsiva é uma adaptação e reorganização simples dos elementos, já presentes no site desktop, para os dispositivos móveis. Vamos aos prós e contras:

Prós

  • A criação da página é mais fácil e rápida, com menor necessidade de investimento financeiro, do que outros formatos.
  • Sem necessidade de adaptação entre sistemas operacionais.

Contras

  • Uma versão simplesmente responsiva não leva em conta o comportamento dos usuários, pois de trata de um “empilhamento” básico do conteúdo, que nem sempre considera elementos como área de clique.
  • Pode apresentar carregamento lento, com alta dependência da velocidade da conexão.
  • Há risco de elementos da versão desktop aparecerem de forma errada na página responsiva.

Veja um exemplo:

página responsiva

página responsiva

A página do jornal Folha de São Paulo optou por criar uma página responsiva, que permite alguns erros dependendo do dispositivo. Além disso, a home page é cheia de elementos, como é comum em sites informativos. Isso, junto do empilhamento de conteúdo, resulta em um tempo alto de carregamento (41 pontos em 100 segundo o PageSpeed Insights).

Saiba aqui como o tempo de carregamento impacta a taxa de conversão e quantos clientes você está perdendo ao não se preocupar com isso.

Versão mobile

Uma versão mobile é um site criado especialmente para uso no mobile, frequentemente possuindo outro domínio, como “m.site.com.br”. A adaptação para dispositivo móvel é mais trabalhada, com os elementos do desktop mudando de formato e até mesmo de texto para se encaixarem melhor no celular ou tablet.

Para novos websites, um dos melhores caminhos é construir a versão mobile primeiro, em uma abordagem chamada de “mobile first”, como já citamos por aqui.

Prós 

  • Compatível com todos os dispositivos (mas desenvolvedores podem optar por construir mais de uma versão de acordo com o tamanho da tela).
  • Custo de produção potencialmente menor do que aplicativos nativos.
  • Ter uma versão mobile do site fortalece o posicionamento em mecanismos de busca.
  • Não é necessário pleitear uma vaga no smartphone dos usuários, que já carrega, em média, 30 aplicativos por mês.

Contras

  • Algumas funcionalidades não funcionam tão bem como no desktop, dependendo do navegador mobile. Um exemplo é o uso da câmera.
  • Requer conexão com a internet durante toda a navegação.
  • Acesso a recursos limitado (como uso de digitais, envio de arquivos).
  • Não pode ser divulgado e distribuído nas app stores, como aplicativos nativos.

Veja um exemplo de página mobile:

Página mobile da plataforma Dropbox.
Página desktop da plataforma Dropbox.

Repare como a home page do Dropbox é diferente entre a versão mobile e versão desktop, mas ainda possuem os mesmos elementos.

App nativo

App nativo é uma aplicação desenvolvida especialmente para um tipo de dispositivo, requerendo uma versão para cada sistema operacional e/ou dispositivo. São os aplicativos disponíveis para download em lojas, como a Play Store e App Store.

Prós 

  • Permitem a operação de todos os recursos do aparelho, como câmera, microphone, localização, etc.
  • Podem ser divulgados e descobertos nas lojas de aplicativo.
  • Os aplicativos nativos são construídos especificamente para o dispositivo em que estão instalados e por isso desenvolvedores têm mais recursos e conhecimento para garantir um bom funcionamento.
  • Se for de desejo da empresa, seu app nativo pode permitir a navegação offline depois que já estiver baixado.

Contras

  • É mais dispendioso para desenvolver e realizar manutenções, especialmente quando é necessário estar presente em todos sistemas operacionais e dispositivos.
  • Pode exigir mais tempo de suporte por parte dos desenvolvedores, sendo necessário ficar atento quanto a reviews, notas e reports de bugs.
  • Usuários já possuem muitos aplicativos baixados e ganhar um espaço no aparelho de cada um pode ser desafiador. Além disso, existem outros fatores a considerar, como velocidade e disponibilidade da conexão, avaliações do app nativo e a exigência de uma ação, que é o download.
app nativo
Print de tela do aplicativo retirada da loja.
app nativo
Print de tela do aplicativo retirada da loja.
app nativo
Print de tela do aplicativo retirada da loja.

Esses são screenshots do aplicativo do Gmail, serviço de mensagens eletrônicas do Google, que pode ser baixado nas app stores.

Web Progressive App

O Progressive Web App é uma aplicação que utiliza novas tecnologias para entregar uma experiência parecida com a de um aplicativo. São acessíveis por meio de URLs e podem ser identificados por mecanismos de busca.

Para ser considerado WPA, o app precisa ser:

  1. Progressivo, ou seja, funcionar para todos os usuários, independentemente da escolha do navegador.
  2. Responsivo, adaptado para qualquer formato, independente de conexão, podendo funcionar offline.
  3. Parecido com um aplicativo nativo visualmente.
  4. Sempre atualizado e seguro, utilizando o HTTPS para evitar invasões.
  5. Encontrável por meio de mecanismos de busca.
  6. Reengajável por meio de notificações push.
  7. Instalável, permitindo que usuários mantenham em suas telas principais sem precisar fazer de fato o download, mas sem complexidade.
  8. Compartilhável via URL.

Vamos entender as vantagens e desvantagens:

Prós

  • Combina a experiência dos apps nativos com as vantagens de páginas mobile.
  • Pode acessar funções do dispositivo, como a câmera.
  • Pode ser utilizado sem conexão ou em conexões mais limitadas, inclusive salvando informações que o usuário gerar ali dentro.
  • Costuma ser mais rápido do que páginas mobile.
  • Se adequa a qualquer formato.
  • Interface semelhante a de aplicativos.

Contras

  • É uma tecnologia relativamente nova, por isso, ainda encontra algumas limitações em alguns navegadores.
  • Não fica disponível para divulgação e download em app stores.
  • Consome mais energia da bateria do que páginas mobile.
Prints de tela da página da rede social Pinterest.

Desde o seu início, o Pinterest utiliza a tecnologia WPA, buscando crescimento em uma escala global. Isso porque a empresa descobriu que menos de 1% dos seus usuários utilizava o aplicativo nativo por causa da experiência negativa. Assim, optou-se pelo progressive app, o que trouxe resultados positivos.

Qual opção escolher?

Veja uma comparação entre página responsiva, versão mobile, app nativo e WPA:

diferença entre página responsiva, versão mobile, app nativo e wpa

Agora que você pode comparar as opções, pode tomar uma decisão mais assertiva, que vá favorecer a experiência do seu cliente. É importante também considerar o momento atual da empresa: se ainda não há verba suficiente para investir em tecnologias mais avançadas, pode ser mais vantajoso começar pela página responsiva.

De qualquer forma, não existe um vencedor adaptável para todas os casos. O ideal é colocar o consumidor em primeiro lugar: se você precisa que ele envie arquivos, opte por uma plataforma que irá facilitar essa tarefa. 

Além disso, você pode observar as métricas do seu site: se a maioria dos acessos é mobile, a experiência via dispositivos móveis precisa ser priorizada. Essa é a situação mais frequente. Agora, se o seu produto é complexo demais e é acessado mais via desktop porque as pessoas estão na empresa quando acessam, pode ser menos urgente.

No entanto, é bom ficar atento: se a sua taxa de conversão é muito menor no mobile, nem sempre é um indicativo de que não é necessário investir em uma melhor experiência. Pode ser que as pessoas não estejam conseguindo realizar a conversão exatamente porque a navegação não é favorável. Ao melhorá-la, você conquista essa parcela e pode ter um retorno sobre o investimento bastante satisfatório.

Saiba mais sobre como o mobile marketing influencia as suas taxas de conversão.

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